Comunicado do CR Técnico

24/02/2023

Poucas horas após ser conhecida uma segunda sentença de um tribunal português, que confirma uma deliberação de Agosto que anula decisões da Federação Portuguesa de Rugby sobre os castigos irregulares aplicados ao Técnico, o Presidente da Direcção da FPR volta a desrespeitar de forma acintosa os tribunais, desta vez com afirmações ofensivas para a justiça portuguesa e indignas de quem dirige uma federação em Portugal que detém o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva.

Em declarações à Agência Lusa, quando confrontado com uma decisão de um tribunal, o Presidente da FPR frisou não ter dúvidas “que se trata de uma batotice” e, falando do Clube que ostentava por direito próprio o título de Campeão Nacional quando foi irregularmente punido, pergunta: ““Qual Técnico? Não sei exatamente do que estamos a falar.”

Sobre questões de batotice, recordamos que o presidente da FPR se deslocou propositadamente a um campo de rugby em Évora para tentar impedir, contrariando os próprios regulamentos da federação que dirige – facto confirmado por dois tribunais portugueses – que um clube utilizasse, numa partida fulcral para o campeonato nacional, vários dos seus atletas.

Sobre a pergunta “Qual Técnico?,” o Presidente da FPR tem pleno conhecimento e consciência que existe um acordo datado de Agosto em que a AEIST cede todos os direitos desportivos no que se refere ao rugby ao Clube de Rugby do Técnico. O Presidente da FPR sabe, e tem pleno conhecimento e consciência, que este procedimento não é inédito no rugby português e que, a ser colocado em cima da mesa, teria repercussões em mais do que um Clube que actua na principal divisão do rugby nacional.

Compreendemos o desespero do Presidente da FPR ao ver a Justiça portuguesa impedir que imponha as regras definidas por si, mas a FPR tem ainda a oportunidade de cumprir todas as sentenças dos tribunais, revertendo todas as decisões ilegais que tomou nos últimos meses.

Para isso, é irrefutável que a reintegração do Técnico, Clube com 60 anos de história, e o mesmo que a Federação sempre conheceu em 60 anos, terá de ser imediata na principal divisão do campeonato nacional.
Tem outra opção: Sair e deixar as decisões ao seu sucessor.

De outra forma, torna-se inevitável algo que teria consequências desastrosas para todo o rugby em Portugal: O Governo português teria de intervir perante uma federação desportiva que não cumpre a lei, retirando-lhe o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva.

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