Federação Portuguesa da Rússia?

28/10/2022

A 18 de Agosto, o Tribunal Arbitral do Desporto anulou as decisões do Conselho de Disciplina (e da Direcção) da Federação Portuguesa de Rugby (FPR) sobre os castigos aplicados ao Técnico após o jogo da Divisão de Honra frente ao CDUL.
Uma partida onde, recorde-se, o presidente da FPR fez algo digno de um qualquer país antidemocrático: deslocou-se propositadamente a um campo para tentar impedir, contrariando os próprios regulamentos da federação que dirige – facto provado em tribunal – que um clube utilizasse, numa partida fulcral na luta pelo lugar no playoff, vários dos seus atletas.
Perante uma atitude de um dirigente federativo que orgulharia qualquer ditador, o Técnico emitiu um comunicado, a 25 de Maio, onde fez a sua defesa. A defesa de um clube que tinha sido ilegalmente punido – facto provado em tribunal.
Como se não bastasse punir um clube contra os próprios regulamentos, o presidente da FPR achou que era preciso mais. Por esse motivo, apresentou uma “participação” contra “Pedro Lucas, Presidente da Direcção, José Bento dos Santos, Presidente da Assembleia Geral e Raúl Martins, Presidente do Conselho Geral do CR TÉCNICO”.
Nesta sexta-feira, chegou a “sentença”. Uma vez que a defesa do Técnico teve o “manifesto propósito de colocar em causa a regularidade da actuação dos órgãos da FPR, ofendendo a credibilidade, o prestígio e a confiança na mesma entidade”, os “arguidos” foram “suspensos preventivamente pelo período de 1 (um) ano”.
Ou seja, o Conselho de Disciplina e a Direcção da FPR, que puniram irregularmente o Técnico – facto provado em tribunal – decidem agora punir três dos seus dirigentes por colocarem em causa a “credibilidade, o prestígio e a confiança” de quem não cumpriu regulamentos.
Tudo isto deveria ser motivo para espanto e repúdio numa federação de um país democrático, onde quem é punido irregularmente tem direito à sua defesa e liberdade de expressão.
Porém, talvez seja apenas uma questão de má interpretação com a sigla FPR, e, talvez, tudo isto tenham sido decisões da Federação Portuguesa da Rússia.

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